Durante muito tempo os ácidos eram usados somente em loções e cremes recomendados por médicos. Porém, hoje em dia os ácidos se tornaram mais populares e passaram a compor muitos cosméticos. Essas substâncias tem se tornado cada vez mais usadas pelo fato de terem uma ação mais eficiente numa ampla gama de ações.
Têm ácidos que são excelentes para clarear manchas, outros ajudam a amenizar cicatrizes e tem até mesmo aqueles que fazem o combate de acne bem como aqueles que reduzem as rugas e as estrias. Dentre toda essa variedade de ácidos devemos destacar que a única coisa em comum que eles tem é o seu pH inferior a 7, característica essencial de substâncias ácidas além da irritação que podem causar a pele. Já as propriedades variam entre os ácidos.
Recomendação Médica
Os cremes e peelings com ácidos devem ser usados somente com a recomendação de um médico. Isso porque esse tipo de substância pode deixar a sua pele muito sensível e ter efeitos colaterais que exigem cuidados específicos.
Dentre os cuidados mais importantes quando se usa um produto com ácido na pele é usar protetor solar com FPS 30 ou mais elevado do que isso além de usar produtos que ofereçam hidratação e sejam calmantes para a pele. A seguir vamos falar um pouco mais sobre os tipos de ácidos que podem ser usados para cuidar da pele e quais são as necessidades que cada um deles atende.
Os Tipos de Ácidos Para Peeling
Ácido Salicílico
Um dos principais destaques a respeito do ácido salicílico é que ele possui ação queratolítica. Isso significa que esse ácido tem como capacidade romper as ligações queratínicas da pele de maneira a deixá-la mais fina de maneira a aliviar a presença de cicatrizes e rugas.
Também possui efeito esfoliante e pode agir como um tratamento da acne e dermatite seborreica (uma doença que causa uma vermelhidão além de descamação da pele e que quando se apresenta no couro cabeludo é chamado de caspa). Esse ácido ainda pode ser usado para tratar doenças que causam o espessamento da pele como a psoríase.
Ácido Salicílico no Peeling
Quando usado no peeling o ácido salicílico traz uma sensação leve de ardor, contudo, se trata de um tratamento seguro para todo tipo de pele. Assim como qualquer outra substância que cause irritação na pele esse ácido deve ser monitorado para que se evite causar traumas na pele. É importante ficar atento ainda ao combinar esse produto com outros que causem irritação.
Ácido Retinoico
Um dos principais benefícios que o ácido retinóico oferece é ter uma ação bastante efetiva no tratamento da acne grau 1 que apresentem cravos inflamados ou mesmo fotoenvelhecimento. O ácido retinóico tem ação comprovada porque possui propriedades de afinamento da pele bem como eleva a renovação celular de maneira a conseguir excelentes resultados.
Esse ácido apenas deve ser usado quando prescrito por um médico uma vez que pode causar danos para o feto durante a gestação. Pode ser encontrado em produtos em concentrações de 0,01 a até 0,1%. Além de ser usado em fórmulas manipuladas e receitadas por especialistas esse ácido pode ser usado nos consultórios para realizar peeling químicos até 5%.
Ácido Retinóico no Peeling
No peeling esse ácido tem ação quase indolor e apresenta uma boa aceitação pelos pacientes. Além disso, um peeling químico desse ácido pode ser combinado com peelings físicos como aquele de diamante ou de cristal. Também podem ser usados em conjunto com terapia da luz intensa pulsada que ajuda a multiplicar o efeito despigmentante.
Ácido Glicólico
Trata-se de um ácido que reduz o espessamento da pele além de ser bastante usado no tratamento de acne, estrias e fotoenvelhecimento. Pode ser uma boa opção para quem deseja fugir dos efeitos extremamente irritantes do ácido retinoico. Pode ainda ser encontrado em concentrações de 2 a 20% em fórmulas manipuladas. Ainda é utilizado em cerca de 70% dos peelings químicos realizados em consultórios. Uma das vantagens que essa substância oferece é a de que aumenta a absorção de outros ativos que podem estar associados na composição em cosméticos.
Ácido Glicólico no Peeling
Esse é um ácido que pode causar um ardor variável e o médico que for aplicá-lo deve ter experiência em especial quando for associado a outras substâncias podendo atingir de maneira muito profunda a pele.
Ácido Mandélico
O ácido mandélico é utilizado em alguns dermocosméticos além de poder fazer parte das formulações manipuladas. Apesar de mais raro é possível ainda que esse ácido seja utilizado para realizar peelings químicos em consultório. A principal ação desse ácido é ser despigmentante.
Exatamente por isso é bastante indicado para tratar melasma, pode ser usado sozinho ou junto com outras substâncias. O ácido mandélico é menos eficiente que o ácido glicólico de maneira a ser menos usado que o último, porém, é muito interessante para quem tem problemas com o açodo glicólico.
Ácido Hialurônico
O nome químico do ácido hialurônico é glicosaminoglicana, esse é um dos componentes de preenchimento natural da pele. Pode ser encontrado no fluido que está localizado entre as células que preenchem o tecido. O ácido hialurônico que é usado para fins estéticos é produzido em laboratório e feito a partir de um processo de fermentação bacteriana.
Três Formas de Usar o Ácido Hialurônico
Existem três formas de usar o ácido hialurônico, uma delas é em cosméticos, outra no preenchimento facial e também na hidratação da pele por meio injetável. Quando usado em hidratantes a principal função desse ácido é ser hidratante. É bem importante consultar um médico dermatologista antes de usar um cosmético com esse ácido.
Quando usado para fazer preenchimento facial esse ácido age preenchendo o espaço que fica entre as células. Como tem a função de atrair água para o lugar em que foi aplicado ele melhora o aspecto das rugas e também a hidratação da pele. Já no caso de hidratação injetável esse ácido tem como principal função melhorar o viço e o brilho da pele. O procedimento deve ser feito no consultório e são realizadas de três a cinco sessões com intervalos de duas a três semanas.
