De acordo com algumas evidências históricas, muitos cristãos enalteciam o sinal da cruz ou o nome de Jesus com tatuagens nas mãos e ombros, com as iniciais “JC” ou um símbolo “T”, que lembra uma cruz, em suas testas.
Alguns historiadores acreditam que as marcas dos cristãos foram feitas através de uma espécie de cauterização, e não foram feitas com tinta. O procedimento de cauterização foi usado em escravos e cristãos. Contudo, os cristãos não consideram a marcação como sendo uma vergonha, como era no caso dos escravos, era o sinal de que ele fazia parte do grupo de pessoas que estavam dispostas a sofrer por sua fé.
No entanto, desde o ano de 787 dC a tatuagem passou a ser mal vista pela igreja. Nos países onde os cristãos eram a maioria, os homens de Deus opuseram-se fortemente às pessoas que tatuavam símbolos e imagens, e que acreditavam em seus poderes de proteção.
Mesmo no Antigo Testamento, podemos encontrar o verso que mostra a oposição às tatuagens: “Não fareis lacerações na vossa carne pelos mortos; nem no vosso corpo imprimireis qualquer marca. Eu sou o Senhor.” (Levítico 19:28). Apenas os católicos da Bósnia-Herzegovina foram autorizados a fazer uma tatuagem de cruz durante a guerra com o Império Otomano. Isso impediu as pessoas de aceitarem o Islã, porque o procedimento de remoção da tatuagem era difícil e doloroso.
Hoje, o versículo do Levítico está sendo muito contestado, já que tatuagens de Jesus Cristo e de diferentes imagens religiosas estão se tornando cada vez mais comuns. Algumas pessoas dizem que até mesmo o apóstolo Paulo tinha uma tatuagem de Jesus Cristo. Cabe a cada um decidir o tipo de tatuagem que deseja, o importante é ser fiel aos seus próprios princípios e opiniões.