Radiofrequência é Invasiva? É Perigosa? Quais os Riscos?

O uso de radiofrequência para tratamentos estéticos faciais e corporais está bastante difundido no segmento dermatológico, mas ainda gera algumas dúvidas em quem se interessa pelo procedimento. É invasivo? É perigoso? Oferece riscos? Quais? Se você também têm essas dúvidas vai gostar de continuar a leitura, esclarecemos a seguir mais detalhes sobre a radiofrequência.

Radiofrequência: O Que é?

O físico francês Jacques-Arsène D’Ansorval foi quem utilizou a radiofrequência pela primeira vez no século 19. Hoje em dia, essa é uma importante ferramenta para tratamentos estéticos faciais e corporais em especial por sua versatilidade e segurança. A radiofrequência consiste na emissão de correntes de alta frequência que possuem uma tensão aproximada de 30.000 a 40.000 Volts com frequência de 1560 a 200 kolohertz.

Basicamente o objetivo dessa técnica é gerar calor no tecido abaixo da pele induzindo assim a produção de novas fibras de colágeno resultando numa pele com aspecto mais bonito. A radiofrequência pode ser usada tanto no rosto quanto no corpo.

Aparelhagem de Radiofrequência

Aparelhagem de Radiofrequência

Como a Radiofrequência é Feita?

O primeiro passo para a realização da radiofrequência é realizar a higienização da pele com água e sabonete ou com óleo de limpeza. Na sequência deve ser aplicada vaselina na parte do corpo a ser tratada. Se o procedimento for ser realizado no rosto é interessante usar gel de condução na área.

Os aplicadores então deverão ser posicionados na pele para que possam ser feitos os disparos da radiofrequência. Para finalizar o material aplicado deve ser removido e o procedimento encerrado.

Radiofrequência é Invasiva?

Radiofrequência não é uma técnica invasiva e faz efeito somente na área tratada. Em cada sessão de radiofrequência o objetivo é elevar a temperatura da pele e do tecido subcutâneo numa temperatura entre 39°C e 42°C deixando-a assim por cerca de 14 minutos. Depois do tratamento o gel ou vaselina são retirados.

Para que o calor seja assertivamente distribuído por toda a área é necessário que o transdutor (a ponteira) seja movimentado constantemente. Ao longo da sessão é medida a temperatura do corpo para ter certeza de que chegou a 40°C a 42°C e não passe desse limite. O procedimento de radiofrequência pode ser feito em todas as partes do corpo inclusive no rosto, a única exceção é a região da tireoide.

Qual o Papel do Calor na Radiofrequência

O segredo do sucesso da radiofrequência é o calor profundo que gera, esse calor age na célula de gordura fazendo com que o metabolismo da mesma seja mais eficiente. Sendo assim aumenta a quantidade e difusão dos nutrientes reduzindo o estoque de energia (triglicérides) e reduzindo o seu volume.

Radiofrequência Atuando na Celulite

A celulite causa inflamação no tecido adiposo, é nessa inflamação que a radiofrequência atua. A melhora da gordura localizada – uma das bases para a formação da celulite – contribui para que a celulite adquira um aspecto melhor. Quando a radiofrequência é associada com técnicas com vácuo se cria uma espécie de drenagem linfática. Assim também é possível reduzir a presença de toxinas nos tecidos.

Radiofrequência Atuando no Colágeno

Quando o objetivo é aumentar a produção de colágeno à radiofrequência é usada para aquecer o tecido usando corrente elétrica. O aumento da temperatura acima do normal faz com que haja a contração do colágeno com a posterior remodelação da fibra de colágeno e elastina já existentes. Depois do tratamento é possível observar o estímulo dos fibroblastos na produção de colágeno novo.

Radiofrequência: Quais São os Tipos?

A radiofrequência é recomendada para melhora do aspecto da celulite, melhora da flacidez, tratamento de estrias e cicatriz de acne e redução de rugas. A seguir apresentaremos os tipos de radiofrequência que existem para tratamentos estéticos.

– Radiofrequência Monopolar

Nesse tipo de radiofrequência a corrente elétrica é emitida por um eletrodo aplicado diretamente na área a ser tratada e então retorna para o gerador por meio de um eletrodo maior localizado à distância. Esse procedimento pode alcançar uma profundidade de até 6 milímetros.

Celulite

Celulite

– Radiofrequência Bipolar

A chamada radiofrequência bipolar tem na ponteira o seu eletrodo de saída e de retorno. O efeito gerado por esse procedimento é mais superficial em comparação a radiofrequência monopolar, pois alcança até 2 milímetros.

– Radiofrequência Tripolar

A radiofrequência tripolar concentra os três eletrodos na mesma ponteira, a profundidade que a energia consegue penetrar é cerca da distância média entre os eletrodos.

Sessões de Radiofrequência

De maneira geral são necessárias entre três e dez sessões para cada região tratada. O número de sessões depende do objetivo desejado e da forma como cada organismo responde ao tratamento.

O período de intervalo entre as sessões é de uma semana para partes do corpo e de duas a três semanas para o rosto. Será necessário fazer a manutenção dos resultados com radiofrequência anual. O tempo de duração é de 20 a 40 minutos.

Radiofrequência é Perigosa? Quais São os Riscos?

Se o procedimento for realizado com um profissional preparado para operar o equipamento de radiofrequência com assertividade não é perigoso. Os riscos desse procedimento residem no mau uso do equipamento, pois nesse caso é possível causar uma queimadura profunda na pele.

O profissional deverá estar constantemente medindo a temperatura para ter certeza de que não vai ultrapassar os 41°C. Realizar movimentos circulares com a ponteira evita o sobreaquecimento da região e diminui o risco de queimadura. Optar por fazer o procedimento com um equipamento que não entre em contato direto com a pele é uma forma de potencializar a segurança do procedimento.

Também há o risco de que o indivíduo submetido ao tratamento de radiofrequência não fique plenamente satisfeito com o resultado por não ter expectativas realistas. É importante se informar sobre o procedimento e conversar com o terapeuta para ter uma ideia clara de como ficará o aspecto da pele tratada. Se o desejo for por uma grande transformação com o procedimento será necessário investir em mais sessões.

Contraindicações da Radiofrequência

A radiofrequência não é indicada para quem tem doença de pele na área a ser tratada, usa marca-passo ou possui qualquer tipo de implante eletrônico. Também não se indica esse procedimento para pessoas que sofrem com coagulopatias ou tem histórico de trombose profunda. O procedimento não é recomendado para indivíduos com tumores e doenças que são estimuladas pelo calor como herpes, por exemplo.

Desordens endócrinas como HIV e diabetes é um fator de contraindicação de radiofrequência. Mulheres que utilizam o método contraceptivo DIU não devem realizar radiofrequência no abdômen. Não pode ser feito sobre áreas com tatuagens, maquiagem definitiva ou locais com implantes sintéticos.

Quem usa botox deve aguardar pelo menos quatro dias para fazer a radiofrequência após a aplicação. No caso de preenchimentos e peeling o período de intervalo deve ser de duas semanas. Se for peeling profundo ou procedimentos com laser o período passa a ser de um mês.

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