Não basta ser magra. Tem que ser macérrima, ou cadavérica por que não? A indústria da beleza tem apostado cada vez mais em formas cada vez agressivas de magreza como um padrão a ser seguido, principalmente pelas adolescentes. E uma obsessão que está a todo vapor agora é a “Barriga Negativa”. Você conhece o que é Barriga Negativa? Pois bem, essa é a nova obsessão da magreza exagerada. A Barriga Negativa é o fenômeno de que quando a mulher está muito magra, a barriga não fica bem definida, mas fica para dentro e o que sobressai nesse caso são os ossos do quadril. A definição mais visual que temos para definir o que é a barriga negativa é quando nos remetemos às pessoas que passam fome em alguns países africanos, que estão tão magros, mas tão magros, com características tão cadavéricas que realmente faz jus ao dito popular: só está o couro e osso.
Assim tem acontecido com mulheres do mundo todo que estão lutando para ter a barriga da cantora sul-africana Candice Swanepoel. A cantora postou uma foto na rede de relacionamentos Instagram da sua barriga cadavérica – ou negativa – e foi alvo de muitos elogios, mas também de crítica. No Brasil há duas figuras marcantes que representam a classe da barriga negativa – A Adriane Galisteu e a Dani Bananinha – mas o que poucas mulheres sabem é que, para definir a barriga negativa, não basta uma rigidez na academia ou uma privação alimentar para ficar bem magra. A estrutura genética e da estrutura óssea de cada mulher. Como bem sabemos, este não é um privilégio de todas, mas de poucas que tem a estrutura óssea estreita e favorável.
Perigos da Barriga Negativa
A fomentação pela barriga negativa é muito perigosa e tem provocado muitos danos à saúde de muitas mulheres que, no desespero pela saga da barriga negativa, começam a seguir dietas mirabolantes, que prometem uma breve redução do peso corporal, entretanto sem se preocuparem com a saúde de forma global.
Perigos da Barriga Negativa
Dieta Alimentar
As dietas que visam o rápido emagrecimento, geralmente não são calculadas por nutricionistas sérios, que zelam pela saúde de suas pacientes. Essas dietas loucas são formuladas por quem não entende nada de nutrição, de alimentação e de nutrientes necessários para o perfeito funcionamento do corpo e é aí onde mora um dos maiores perigos: a desnutrição. Junto à desnutrição, começam a aparecer muitos problemas de saúde – física e mental – que ao longo do tempo podem se tornar irreversíveis. A desnutrição é um problema muito sério, que afetam os principais órgãos do nosso organismo, comprometendo assim as suas funções vitais. E essas dietas radicais sempre propõem uma alimentação restritiva, cujos principais nutrientes são isolados para que a pessoa consiga perder peso rapidamente. Cada nutriente tem o seu papel importante no nosso organismo e se você estiver privando o seu corpo desse nutriente, poderá, futuramente, ou até mesmo brevemente, sofrer as consequências, pois até mesmo as gorduras e os açucares são essenciais para o perfeito funcionamento da nossa máquina – o nosso corpo. Lógico que nada em excesso é saudável, assim como excesso de gorduras e açúcares são prejudiciais ao organismo, a escassez também o é. Então o ideal é o equilíbrio.
Atividades Físicas
Se por um lado a falta de exercício físico não é positiva, levando em consideração o sedentarismo, o sobrepesou – ou até mesmo a obesidade – o excesso de atividade física, numa rotina exacerbada, além do que o corpo precisa ou aguenta, também pode ser muito prejudicial. Infelizmente muita gente se acha personal, sem mesmo ter ido à faculdade de Ed. Física e começa a instruir pessoas a exercícios exaustivos e desnecessários e, as mulheres, ou até mesmo muitos homens em busco do corpo perfeito, se submetem a uma prática de atividades físicas exaustivas e sem acompanhamento de um instrutor competente e formado, poderá também adquirir vários problemas de saúde. Vale a pena lembrar para as mais desesperadas que, um exercício físico mal feito pode acarretar grandes comprometimentos com a estrutura óssea e muscular. O abdominal, por exemplo, se for mal feito, pode comprometer seriamente a coluna e o pescoço, trazendo, muitas vezes, lesões seriíssimas. Então, mais uma vez falamos, o equilíbrio é a chave para todas as portas.
Problemas de Ordem Psicológica
Além dos traumas supracitados que podem ser adquiridos por conta da alimentação inadequada e também pelo excesso de atividade física, sem o acompanhamento de um profissional sério, um problema muito comum que advém dessa prática insana é o de ordem psicológica. Muitas mulheres, na ilusão da busca pelo corpo perfeito, influenciadas pelas atrações midiáticas, sempre desenvolvem anorexia ou bulimia. Mas não são somente esses dois grandes perigos que a obsessão pela magreza- padrão proporciona: há também o afastamento dessas pessoas do convívio familiar e social. Elas, as pessoas que buscam incessantemente esse padrão de beleza, sentem-se fracassadas quando não conseguem atingir os seus objetivos, outras sentem-se muito gordas, mesmo estando com a aparência esquelética, cadavérica, se sentem feias, diferentes e acabam se isolando e como consequência, além dos problemas já pré-existentes, adquirem também depressão. Por isso alertamos que é necessária uma dose de equilíbrio em toda a nossa vida, para que não haja demais e nada de menos.
Equilíbrio
Como falamos de equilíbrio, é importante estamos em equilíbrio com a nossa mente e nosso corpo. E importante também nos cuidarmos, mas sem excesso, sem exageros que podem ser muito prejudiciais a nossa saúde. É muito importante que abracemos a nossa beleza natural e para isso é essencial que nos cuidemos com carinho, com cuidado, mas sem exigir da nossa estrutura genética mais do que ela pode nos oferecer. Querer ser mais magrinha ou mais gordinha depende de cada um, todavia o que não podemos é deixar que o excesso nos ludibrie. Caso tenha notado esta obsessão desvairada em alguém muito próximo, tente, de forma madura, alertar esta pessoa quantos os problemas que ela pode estar provocando para um futuro muito breve e orientado-a a buscar ajuda profissional para sair desse quadro de dependência em que se encontra.
