Ter olhos azuis é um desejo de muitas pessoas que nascem com olhos castanhos e que procuram nas lentes de contato uma solução para esse dilema de cor. Pois, saiba que devido a uma técnica desenvolvida por um médico oftalmologista é possível alterar a cor dos olhos de castanho para azul com o auxílio de um laser.
A Técnica
A técnica ainda está numa fase de se firmar no mercado e precisa passar por testes num grupo maior de pessoas que possa ser realmente comprovada a sua eficiência. O procedimento consiste em usar o laser para destruir o pigmento marrom da íris. O criador dessa técnica é Gregg Homer que afirma que não existem efeitos colaterais.
Porém, muitos especialistas acreditam que o uso do laser na íris dos olhos pode causar irritação que pode se transformar em graves problemas futuramente. Os médicos oftalmologistas afirmam que a irritação nos olhos é inevitável e que ela pode sumir sozinha sem causar nenhuma consequência ou pode se transformar num problema bem sério como catarata ou até mesmo glaucoma.
Polêmicas
Essa técnica de mudança da cor dos olhos com uso de laser enfrenta as polêmicas médicas e também a polêmica gerada pela discussão se não seria um excesso passar por esse procedimento apenas para ter olhos azuis. Para alguns grupos essa mudança de castanho para azul reforça ideias racistas.
A Ideia
Gregg Homer é médico, mas também se define como um cientista, pesquisador e inventor. Trabalhando na área de oftalmologia ele já tinha interesse pelo uso de laser nessa área há mais de dez anos quando resolveu investigar mais intensamente a relação entre laser e pigmentos dos olhos.
Nas suas pesquisas Homer encontrou um artigo da década de 80 que sugeria que o laser poderia alterar o tom escuro dos olhos para um tom mais claro. Aliás, devemos destacar que esse procedimento é uma grande ideia comercial, pois mesmo antes da divulgação da possibilidade de o procedimento se tornar palpável a procura da equipe envolvida no projeto era bem grande.
Uma pesquisa realizada por Homer concluiu que cerca de 17% das pessoas perguntadas mudaria a cor dos olhos de castanho para azul se tivesse a possibilidade.
Primeiros Testes em Humanos
Para que o procedimento com o laser pudesse se tornar uma técnica reconhecida foram realizados testes preliminares em 17 pessoas que tinham olhos castanhos e passaram a ter olhos azuis. No começo da pesquisa prática como os resultados não eram totalmente conhecidos foi tratada apenas uma parte da íris do olho que ficou azul.
A exigência para o procedimento com o laser possa ser feito pelo mundo é que a pesquisa mude a cor dos olhos de 100 pessoas e que os médicos da equipe acompanhem essas pessoas durante um ano.
Sem Restrições
A alteração da cor dos olhos com laser poderá ser feita por qualquer pessoa que tenha interesse independentemente da sua nacionalidade ou raça. Os médicos responsáveis pelo procedimento advertem que a técnica anda está sendo desenvolvida e que pode ser que nesse caminho sejam descobertas restrições médicas que impeçam algumas pessoas de passar pelo procedimento. Além disso, há a intenção de estabelecer uma idade mínima para essa alteração para que haja um maior controle.
Regulamentação
O procedimento de alteração da cor dos olhos estará disponível em outros países antes de estar disponível nos Estados Unidos devido a legislação do país que é muito mais rigorosa que a de outros países. Além disso, é preciso muito mais dinheiro para conseguir a regulamentação nos EUA do que em outros países.
Sensibilidade
Outra dúvida que é bem relevante em relação a alteração da cor dos olhos castanhos para azul é a relação de sensibilidade, pois os olhos claros são muito mais sensíveis a luz, por exemplo. A equipe responsável pelo procedimento com o laser diz que apenas o pigmento da íris é removido e que isso não causa nenhuma interferência na quantidade de pigmentos que existem internamente.
Glaucoma ou Catarata
Quando perguntado a respeito da possibilidade de o procedimento de mudança da cor dos olhos causar glaucoma ou catarata Homer defendeu seu procedimento. Sobre isso o médico inventor da técnica disse que a catarata acontece atrás no cristalino que fica atrás da íris, sendo assim é uma região que não está exposta ao laser.
Dessa forma ele disse que a menos que o médico responsável cometa um grave erro não há a possibilidade de desenvolvimento de catarata. Em relação ao glaucoma Homer declarou que era uma preocupação durante a pesquisa uma vez que trata-se de uma “síndrome da dispersão pigmentar” que aparece devido a abrasão do pigmento do epitélio da íris que fica atrás dela.
Nos testes realizados com animais e humanos o médico não observou nenhuma situação com a complicação do aparecimento de glaucoma. O médico explica que o pigmento que fica na parte da frente da íris e que passa pelo laser é menos espesso que aquele que fica atrás dela.
O pigmento que é alterado pelo laser é aquele da parte da frente que é mais fino e que mesmo se deslocando pela íris tem condições de passar pela malha trabecular e pelo canal de Schlemm. O glaucoma acontece quando os pigmentos que se soltam são muito grossos e não conseguem passar por essa malha entupindo o canal.
Questões Práticas – Identificação
Os documentos de identidade em geral oferecem o registro da cor dos olhos das pessoas, mas mesmo assim não parece um grande empecilho para a aprovação do procedimento na visão do criador do laser mágico de mudança de cor. Nem mesmo a biometria representa um problema, pois a identificação biométrica é feita com base no padrão da retina ou então da íris o que não é afetado pelo laser.
Pense Bem
Quem se animou com a possibilidade de mudar a cor dos olhos deve pensar que esse procedimento ainda não é muito conhecido e não se sabe quais são as suas consequências a longo prazo. A dica é pesar numa balança do bem estar se vale a pena arriscar a saúde dos seus olhos por uma questão estética. Olhos castanhos também tem a sua beleza assim como os verdes, azuis e negros.