Cirurgia Plástica Vicia?

Atualmente, é comum assistir na TV histórias de pessoas que estão sendo consideradas viciadas em cirurgia plástica. Geralmente as pessoas que são tidas como viciadas já realizaram dois ou mais procedimentos cirúrgicos e não cirúrgicos por motivos apenas estéticos. Um dos principais exemplos de procedimento que pode viciar alguém em mudar a aparência com ajuda médica é através da aplicação da toxina botulínica.

Talvez você até conheça alguém que sofre com esse problema e nem perceba que existe algo de errado com esse gosto por mudanças estéticas. Nesse artigo vamos falar do vício em cirurgias plásticas e como isso pode afetar a vida de uma pessoa profundamente.

Vício Patológico e Não Patológico

Os pacientes que são viciados em cirurgias plásticas podem ser divididos em dois grupos, aqueles que têm vício patológico e os que têm vício não patológico, ou seja, que não se configura necessariamente numa doença. A pessoa que tem uma relação não patológica com as cirurgias plásticas é aquele que tem uma visão mais realista de si mesmo.

O paciente consegue perceber as mudanças realizadas pelos procedimentos e a partir disso visualizar novas possibilidades de melhoria. Porém, isso sem enxergar defeitos que não existem. Por exemplo, uma mulher que fez uma cirurgia de colocação de próteses de silicone e depois percebeu que uma lipoaspiração podia ajudar a reduzir a barriguinha. Essa mulher pode fazer outros procedimentos estéticos até achar que chegou ao resultado ideal e parar.

Vício Patológico

Em alguns casos os pacientes de cirurgias plásticas não conseguem enxergar os benefícios que cada procedimento trouxe para o seu corpo. Por exemplo, um paciente que realiza uma cirurgia plástica para melhorar um problema no rosto e mesmo com um bom resultado continua vendo apenas os seus defeitos.

Pelo fato de continuar vendo apenas defeitos em seu rosto essa pessoa realiza mais algumas cirurgias plásticas. Isso pode se repetir durante toda a vida dessa pessoa variando entre procedimentos que sejam cirúrgicos e não cirúrgicos. Pode ser num procedimento essa pessoa faça um preenchimento e depois realize uma cirurgia para levantar mais o rosto enfim que isso vá realizando mudanças que acabam desconfigurando a aparência original do rosto.

Diferença Entre Patológico e Não Patológico

O vício que é não patológico é aquele que em algum momento acaba, ou seja, em algum momento o paciente fica satisfeito com o que está vendo no espelho. Aquele que tem um vício patológico nunca está satisfeito com a sua aparência e está constantemente realizando procedimentos com o objetivo de ter o corpo e o rosto perfeitos.

Trata-se de uma pessoa com uma visão deturpada quanto a si mesma, uma pessoa que dedica várias horas do seu dia a pensar e remoer os defeitos que muitas vezes nem tem. Parte dessas pessoas pode ser diagnosticadas com o transtorno dismórfico corporal que também é chamado de dismorfofobia.

Quem tem esse transtorno nunca consegue ficar satisfeito com o resultado das cirurgias de forma que nunca nenhum procedimento vai conseguir lhe satisfazer. Dessa forma os procedimentos estéticos são entendidos como escapes para aliviar a insatisfação com a autoimagem.

Comportamento de Risco

O vício em cirurgias plásticas combinado com a dismorfofobia pode gerar um comportamento de risco. Muitos pacientes começam a ir de médico em médico em busca de alguém que faça os procedimentos que eles desejam. Quando um médico contraindica um procedimento esse paciente logo procura por outro profissional que aceite fazer.

A situação foge de controle quando esse paciente sem condições de conseguir que um médico realize os procedimentos que deseja começa a buscar por soluções não-médicas. Realizar procedimentos com pessoas não qualificadas pode colocar em risco a sua integridade física e pode correr até risco de vida.

Detalhes

Uma forma de perceber que alguém tem um vício patológico em cirurgia plástica é observar se a pessoa se fixa em detalhes. Essas pessoas quase sempre desejam corrigir problemas que são impossíveis de serem alterados. A busca pela simetria completa, ou seja, de 100% se torna um dos principais objetivos.

Na maioria dos casos esses pacientes chegam ao consultório médico acreditando que procedimentos bastantes complexos são absolutamente simples e tentam inclusive convencer os médicos disso. O cirurgião plástico não pode se deixar levar pela insistência desse paciente, pois nem sempre um procedimento estético é inofensivo.

O Papel da Cirurgia Plástica

Cada vez mais médicos optam por atuar na área de cirurgia plástica, pois é uma das áreas que mais tem demanda e ganhos financeiros. Porém, as pessoas, médicos e pacientes, têm esquecido qual é o papel da cirurgia plástica. Esse tipo de procedimento tem como papel essencial fazer uma simbiose entre o que está na cabeça do paciente com o seu corpo.

A partir do momento que o corpo e a mente têm uma relação harmoniosa o paciente passa a ter uma vida mais plena. Em grande parte dos casos a cirurgia plástica cria um impacto psicológico e físico muito grande no paciente que passa a encarar a vida com mais positividade já que corrigiu algo que o incomodava.

O Cirurgião Plástico e as Expectativas dos Pacientes

O cirurgião plástico que tem experiência percebe quando não irá conseguir atender as expectativas de um paciente que está em busca de um padrão impossível. Muitas vezes aquele paciente que se encontra nervoso em sua frente sofre de dismorfofobia e não sabe. Se o médico percebe que há algo errado é importante contraindicar o procedimento e orientar que o paciente procure pela ajuda de um psicólogo.

É essencial que esse paciente encontre profissionais que o ajudem a ter uma autoimagem mais positiva que lhe ajude a perceber as suas qualidades acima dos seus defeitos. Não adianta estar numa eterna busca por correções externas se o problema real está dentro de você mesmo.

Cirurgia plástica pode ser algo positivo principalmente para pessoas que tem algum tipo de complexo devido a algum possível defeito, mas é importante manter o controle para não acabar exagerando. Além de não ser saudável o exagero de plásticas pode acabar deixando o seu rosto e o seu corpo irreconhecíveis para o seu amigo mais sincero, o espelho.

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Categoria(s) do artigo:
Cirurgias Plásticas

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Comentários

  • Eu faria tudo pra ficar bem comigo mesma,pois pagamos algum preço ou fazemos varias pessoas sofrer.

    Rosangela meireles da silva orpheo 18 de setembro de 2014 17:42 Responder

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