Renovam-se as cores, mudam-se os hábitos, mas algumas premissas contrariam o tempo, ou os velhos ditados. Antigamente costumávamos ouvir: “Eu continuo a mesma, mas os meus cabelos…”. Esse jargão parte do princípio da mudança e, de fato, muita gente gosta de mudar o visual, artistas nunca estão com os mesmos ares por muito tempo, cantoras mudam o layout a cada novo disco. Mas uma coisa não mudou em muitos anos, a dinastia do liso.Que atire fora o secador quem nunca recorreu a ele, somado a uma chapinha, para completar o “visu” para uma festa ou balada. O liso dispensa longas sessões de salão de beleza, pode ser feito em casa e costuma funcionar bem em diversos ambientes. Basta um secador e uma escova, com a finalização da chapinha para muitas mulheres se sentirem mais poderosas.Estes importantes aliados fazem parte dos itens que toda mulher precisa ter. Em outras palavras, eles ocupam posição permanente no “must have” de qualquer mulher prevenida que, segundo o ditado, vale por duas. As mais modernas não abrem mão desta dupla na bolsa, até os hotéis sabem disso e andam investindo neste acessório. Já é comum encontrar em banheiros de hotel, secador e chapinha para os clientes usarem.
Secador e chapinha estão na história do cabelo Cabelo sempre foi um adorno natural da classe feminina. O curto encerado dos anos 20, ou o ondulado dos anos 50, não importando a época, sempre configuraram peça fundamental da produção. A moda que nos guia dos pés à cabeça sempre deu destaque aos cabelos, basta olhar a evolução dos penteados do último século. E, mesmo antes de existirem tendências, este já era um assunto importante.A revolução sóciocultural das décadas de 60 e 70 livrou as mulheres da obrigação de saírem em público, sempre, com um penteado impecável. A ordem era os cabelos soltos, ao vento e ao natural. Num patamar mais extremo, estavam os hippies, que pregavam o desapego aos bens materiais e às vaidades consideradas padronizadas, sendo assim, muitas adeptas sequer aparavam as pontas de suas madeixas. Neste mesmo período o movimento Black Power ganhou força e todo e qualquer indivíduo de cabelo crespo não precisaria sofrer horas para ter um cabelo com estética de liso. Bastava soltá-lo ao natural. Naquele momento, o ideal era ser quem você é, independentemente de credo e cor.Nos últimos anos, a dinastia do liso ainda parece ter força. Esta moda que se instaurou no final da década de 90 tenta a todo custo resistir. Enquanto isso, grandes consultores pregam a ideia de que mais importante do que seguir tendência é ter personalidade. Ou seja, de tempo em tempo os acessórios são bem-vindos. Porém, estar na moda é, acima de tudo, ser quem você é.